Setor de serviços avança pelo quarto mês seguido, mas não recupera perdas causadas pela pandemia

Setor de serviços avança pelo quarto mês seguido, mas não recupera perdas causadas pela pandemia

Alta foi de 1,8% em setembro. No ano, porém, segmento acumula queda 8,8%, diz IBGE

Por Carolina Nalin*

Considerado o motor do PIB brasileiro, o setor de serviços esboça lenta recuperação após as perdas provocadas pela pandemia. Dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira apontam que o segmento cresceu 1,8% na comparação com agosto. É o quarto mês seguido de alta. Mesmo assim, o ganho nesses quatro meses é insuficiente para compensar as perdas acumuladas entre fevereiro e maio.

O setor apresenta mais dificuldade do que outros segmentos da economia para se recuperar. Na última quarta-feira, o IBGE mostrou que o varejo cresceu pelo quinto mês seguido e zerou as perdas do ano. A indústria apresenta caminho semelhante: cravou a quinta alta seguida em setembro e eliminou as perdas registradas entre março e abril, apesar de ainda acumular perda de 7,2% no ano.

O setor de serviços ainda está 8% abaixo do nível prépandemia. E, se comparado com setembro de 2019, a queda registrada é de 7,2%, sétima taxa negativa seguida nessa comparação. No acumulado do ano, caiu 8,8% frente ao mesmo período do ano passado.

— A dificuldade maior do setor de serviços em traçar uma trajetória de recuperação como fez a indústria e o comércio se dá por conta do caráter presencial da prestação de alguns serviços. O serviço prestado às famílias, por exemplo, necessita da presença do cliente no restaurante ou no hotel. Já o transporte de passageiros, dentro do segmento de transportes, ainda está com um fluxo menor de pessoas pelas cidades brasileiras, mesmo com a gradual flexibilização — explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Em setembro, quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram. O destaque ficou por conta dos serviços prestados às famílias, que subiu 9%, e do segmento de informação e comunicação, com alta de 2%.

Dentro deste último segmento, a tecnologia da informação é o que dá sinais de recuperação, sendo um dos poucos com resultado positivo no acumulado do ano, com 6,5%.

Já os serviços prestados às famílias, mesmo com a alta no mês, acumula retração de 38,6% no ano. Segundo Lobo, para que o segmento volte ao patamar de fevereiro, ainda é preciso crescer 55,9%. O cenário é similar para outros grupamentos como o transporte, que precisa crescer 11,1%. Somente o transporte aéreo, dentro do segmento, precisa avançar 65,9%.

Fonte: oglobo.globo.com

Link: https://oglobo.globo.com/economia/setor-de-servicos-avanca-pelo-quarto-mes-seguido-mas-nao-recupera-perdas-causadas-pela-pandemia-24741680

Acessado em: 12 Novembro 2020, 16:00:15.

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